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Transformação Digital

Videoconferências na prática jurídica: 8 dicas essenciais

By 21 de junho de 2023No Comments

A prática jurídica vem se modernizando cada vez mais nos últimos anos e, com o aumento da tecnologia, a demanda por adaptação na prestação de serviços jurídicos também cresceu. Como resultado do cenário pandêmico dos últimos anos, as videoconferências se tornaram algo obrigatório no cotidiano de diversos setores, incluindo o direito.

Com isso, a transição de audiências, julgamentos e outras ações relacionadas às tramitações processuais para o ambiente online cresceu ainda mais nos últimos anos. Sendo assim, para os advogados e outros profissionais do direito brasileiro, adaptar-se e saber como se comunicar nessas plataformas se tornou algo essencial na atualidade.

Por isso, no artigo a seguir você confere 8 dicas para fazer videoconferências melhores na prática jurídica. Continue a leitura para saber mais!

Videoconferências e o direito

As videoconferências na área do direito não são exatamente um fato novo: no Brasil, a prática já era adotada em situações específicas e/ou excepcionais. A lei nº 11.419/06, que regulamenta a informatização dos processos judiciais no Brasil, definiu algumas premissas para a etapas de tramitação de processos.

O uso das videoconferências é amparado pelo art. 1º, que define meios eletrônicos de comunicação de processos utilizando redes à distância. Dessa forma, processos judiciais, comunicação de atos processuais e transmissão de peças processuais se beneficiam dessa opção.

Além disso, o Código de Processo Civil também regulou o uso de videoconferência em atos processuais, sendo que o art. 236, parágrafo 3º, detalha:

  • “Admite-se a prática de atos processuais por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real”.

Portanto, com a chegada da crise sanitária de 2020, a legislação brasileira já possuía uma base para o uso da videoconferência, como uma ferramenta viável no direito. No entanto, isso não significa que todos os profissionais da área estavam de fato preparados para esse cenário.

Ainda é comum ver profissionais da área do direito, como os advogados, terem dificuldades com a tecnologia. Porém, é preciso estar atento já que a falta de habilidade e desenvoltura diante dessas tecnologias pode prejudicar a imagem e o trabalho de qualquer profissional.

Sendo assim, veja a seguir 8 dicas para fazer melhores videoconferências enquanto advogado na prática jurídica.

Videoconferências jurídicas: 8 dicas essenciais

Conforme vimos anteriormente, as videoconferências são cada vez mais comuns no direito, tornando- se uma ferramenta que traz agilidade para atos processuais. Para os advogados, dominar essa ferramenta se tornou uma habilidade essencial na rotina profissional.

Por isso, veja agora 8 dicas para fazer videoconferências bem sucedidas.

Verifique sua conexão

Garanta que sua conexão com a internet está estável antes de iniciar a videoconferência. Uma conexão de má qualidade pode fazer com que os participantes da chamada não ouçam e vejam você com clareza, o que pode prejudicar sua linha de raciocínio e argumentação. O contrário também é verdadeiro. Portanto, verifique se tanto a conexão quantos os dispositivos estão funcionando de acordo com o esperado.

Escolha bem o ambiente

Assim como no caso da conexão, verificar se as pessoas presentes na reunião conseguem de fato visualizar você durante a videoconferência. Por isso, escolha um local silencioso e com boa iluminação antes de entrar na chamada de vídeo. Além disso, faça testes com a sua câmera para verificar se o ambiente é realmente adequado. Dessa forma, você garante que não haverá distrações durante a reunião e que os participantes da chamada conseguem vê-lo com clareza.

Use equipamento adequado

A utilização de equipamentos e periféricos de qualidade durante a videoconferência pode transformar positivamente a experiência de todos os envolvidos. Por exemplo, uma sustentação oral pode ser pouco eficaz se o advogado utiliza um microfone de má qualidade que estoura o áudio ou que produz chiados enquanto ele fala. Além disso, câmeras de má qualidade e computadores de baixa qualidade podem deixar você na mão durante a videochamada. Utilizar fones de ouvido com microfone pode melhorar a qualidade do som e minimizar o eco ou ruídos externos. Isso também ajuda a manter a privacidade da conversa.

Pontualidade é lei

Se possível, compareça na videoconferência com antecedência, algum tempo antes, mas sem exageros. Com isso você terá tempo suficiente para se preparar e se precaver caso surja algum problema técnico de última hora. Além disso, chegar mais cedo demonstra comprometimento com os presentes e evita atrasos com imprevistos que podem colocar em cheque a sua credibilidade diante dos presentes na chamada de vídeo.

Revise o que for preciso 

Revisar tudo o que será mencionado na videoconferência horas ou minutos antes de entrar na chamada é essencial, principalmente em casos de atos processuais. Como advogado, chegar sempre preparado é um diferencial, portanto revise sempre que for preciso, já que a única diferença entre as exigências das audiências presenciais e das virtuais é necessariamente o ambiente. Assim, você será capaz de expor seus pontos com mais clareza e propriedade.

Utilize ferramentas complementares

Em suas argumentações, não tenha medo de utilizar as tecnologias das quais você dispõe como uma ferramenta a seu favor. Sabemos que a principal ferramenta de trabalho do advogado é a lei, mas os ambientes online e plataformas digitais oferecem ferramentas visuais que ajudam na compreensão de conceitos e sustentação de argumentos. Além disso, em audiências por videoconferência você também precisará exibir provas, imagens e outros elementos visuais. Por isso, certifique-se de saber como utilizar essas plataformas de forma adequada na hora de participar da videoconferência.

Cuidado com interrupções desnecessárias

O tempo de fala é algo precioso em qualquer videoconferência, mas nos casos de videoconferência jurídica é mais que essencial. Por isso, certifique-se que não haverá interrupções desnecessárias durante a videoconferência, o que inclui desde baralhos de fundo até imprevistos no ambiente em que você está. Atualmente, é comum que advogados também trabalhem em casa, e no ambiente doméstico é comum que haja diversas interrupções ou imprevistos, por isso cuidado para não atrapalhar o andamento de qualquer que seja o tipo de videoconferência.

Certifique-se de que encerrou tudo corretamente

Por fim, mas não menos importante, ao encerrar a videoconferência, certifique-se de que encerrou corretamente os equipamentos utilizados para participar da reunião. É comum que ao final muitos profissionais se esqueçam de câmeras ou microfones ligados, o que pode colocar o profissional em uma saia justa ainda no final da videochamada. Além disso, fazer essa verificação é também uma questão de segurança.

Conclusão

As videoconferências chegaram para ficar em todos os setores do mercado, no direito elas se tornaram uma ferramenta de manutenção do funcionamento do direito brasileiro em casos e momentos específicos.

Saber se comunicar adequadamente nesses espaços vai além da otimização da imagem de um único profissional. Na verdade, quanto mais profissionais preparados para atuar no ambiente online, mais a área do direito tem a ganhar, uma vez que as transformações e a modernização desse mercado só está começando.

 

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